Será que em outras vidas fui músico?

Será que fui música?

Soei nos ouvidos, percorri pelo corpo,

fiz arrepiar, fiz chorar o mais duro coração.

Será que fui artista?

Será que fui arte?

Interpenetrei na alma,

iluminei mentes imortais,

andei pelas veias e emocionei no final.

Jurei fidelidade àqueles que dedicaram sua vida à minha vida.

Será que fui poeta?

Será que fui poesia?

Lancei pudore, desmoralizei a corte.

Fui amor e dor, crítica na voz do trovador.

Fui doce na boca dos mestres de letras

Parei o fôlego e fui além,

prevendo a história

Rompi barreiras e questionei o homem

Jurando eterno amor ao direito de delirar e amar a arte de viver.

Luciana Carneiro